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sábado, 19 de outubro de 2013

19 de outubro de 1921 - A noite sangrenta

A primeira república portuguesa conheceu um dos seus episódios mais negros: a Noite Sangrenta. Os crimes da "noite sangrenta" de 19 de Outubro de 1921 abrem uma devastadora crise moral na República e marcam o início da cadeia de conspirações militares que culminam no 28 de Maio.

Terceiro batalhão da GNR em Alcântara, na manhã de 19 de Outubro *
 * Ilustração Portuguesa, n.º 819, 29 de Outubro de 1921

 Na noite de 19 para 20 de Outubro de 1921 foram assassinados em Lisboa António Granjo, primeiro-ministro demissionário, o almirante Machado Santos, o "herói da Rotunda" no 5 de Outubro, o comandante Carlos da Maia, que liderou a revolta da Marinha no mesmo 5 de Outubro, o comandante Freitas da Silva, chefe de gabinete do ministro da Marinha, o coronel Botelho de Vasconcelos, antigo ministro de Sidónio, e o motorista Jorge Gentil. Foram chacinados por marinheiros, guardas republicanos e civis armados, na sequência de um golpe chefiado pelo coronel Manuel Maria Coelho, o "heróico tenente Coelho" do 31 de Janeiro de 1891 no Porto. O episódio ficou na memória como "a noite sangrenta". No enterro de Granjo, discursou Cunha Leal, que o acompanhou até à morte: "O sangue correu pela inconsciência da turba - a fera que todos nós, e eu, açulámos, que anda à solta, matando porque é preciso matar." Acrescentou Jaime Cortesão: "Sim, diga-se a verdade toda. Os crimes que se praticaram não eram possíveis sem a dissolução moral a que chegou a sociedade portuguesa.

" Ler mais: http://republica-sba.webnode.com.pt/products/depois-veio-a-noite-infame/

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