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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

CONTRIBUTOS DOS PRIMEIROS POVOS PARA A NOSSA IDENTIDADE CULTURAL

• Comunidades Recolectoras

• Comunidades Agro-Pastoris

• Povos do Mediterrâneo

• Romanos

No âmbito da Área Curricular de História e Geografia de Portugal, os alunos da nossa escola realizaram trabalhos de pesquisa alusivos a este tema.

Esses trabalhos podem ser visto durante a exposição que está a decorrer na nossa Escola até ao dia 10 de Dezembro.

Deixamos aqui uma pequena amostra desses trabalhos.

Esperemos que gostem!

domingo, 28 de novembro de 2010

EFEMÉRIDES

-19 de Novembro de 1894, Américo Tomás, , nasceu o ex-presidente da República. -20 de Novembro de 1911, nasceu o maestro e compositor Armando Tavares Belo.

-23 de Novembro de 1930, nasceu o poeta Herberto Hélder.  D. Francisco Manuel de Melo, escritor de família nobre, nasceu no mesmo dia do ano de 1608.

-24 de Novembro de 1906, nasceu o escritor António Gedeão, pseudónimo de Rómulo de Carvalho, cuja poesia evidencia a simbiose perfeita entre a ciência e a literatura.

-25 de Novembro de 1845, nasceu o escritor Eça de Queirós, famoso autor de Os Maias. Ramalho Ortigão nasceu no mesmo dia do ano de 1836.

-27 de Novembro de 1826, nasceu no Porto o poeta Soares de Passos.

-29 de Novembro de 1969, faleceu o escritor neo-realista Alves Redol.




-30 de Novembro de 1935, em Lisboa, morreu Fernando Pessoa.

-1 de Dezembro de 1640, ocorreu a restauração da independência de Portugal. O governo espanhol deu lugar ao rei D. João IV. (Feriado nacional); Dia Mundial da Luta contra a SIDA

-5 de Dezembro - Dia Internacional do Voluntário

-8 de Dezembro - Imaculada Conceição (Feriado nacional)

-9 de Dezembro de 1854, em Lisboa, faleceu Almeida Garrett. Poeta e prosador, deu também um importante contributo para a renovação do teatro em Portugal.

-10 de Dezembro - Dia Mundial dos Direitos Humanos

-11 de Dezembro de 1908, nascia o realizador de cinema Manoel de Oliveira.

-14 de Dezembro de 1952, em Amarante, faleceu Teixeira de Pascoaes.

-19 de Dezembro de 1901, na Praia da Vitória, Ilha Terceira, Açores, nasceu o professor e escritor Vitorino Nemésio.

-22 de Dezembro de 1969, faleceu, em Vila do Conde José Régio.

-23 de Dezembro de 1734, nasceu, em Lisboa, Filinto Elísio, um dos mais importantes poetas do Neoclassicismo português.

-25 de Dezembro – Natal (comemoração do nascimento de Jesus Cristo)

-27 de Dezembro de 1923, nasceu, em Lisboa, o escultor Lagoa Henriques.

-29 de Dezembro de 1956, em Lisboa, foi inaugurado o Metro, uma rede subterrânea de transporte colectivo.



sexta-feira, 26 de novembro de 2010

1 DE DEZEMBRO DE 1640


 

“No dia 24 de Junho de 1578 saiu D. Sebastião do Tejo, com uma armada de cerca de 800 velas, entre galeões, galés, urcas, caravelas e outras embarcações; no camarim da sua galé levava o rei a espada e o escudo de D. Afonso Henriques, que pedira ao Mosteiro de Santa Cruz (…). Após alguma demora em Lagos e Cádis, chegou o rei a Tânger a 7 de Julho, donde quatro dias mais tarde , partiu para Arzila (…). A 29 de Julho partiu em direcção de Alcácer Quibir (…). A 6 km desta cidade acampara com 40 000 cavaleiros. No dia 4, D. Sebastião mandou dispor o exército em ordem de batalha, exército que, mal alimentado, estafado pela marcha e pelo calor e dirigido por um rei incapaz, foi completamente derrotado. Entre os mortos figurava o próprio rei.
Maria Emília Ferreira in Dicionário de História de Portugal – artigo “D. Sebastião”
(adaptado)


A MORTE DE D. SEBASTIÃO E O DOMÍNIO FILIPINO
D. Sebastião morreu em combate com os mouros, sucedendo-lhe no trono seu tio-avô, D. Henrique, que morreu passado pouco tempo, sem deixar filhos.
1578 – O exército português foi derrotado nem Alcácer-Quibir e D. Sebastião morreu.

1580 – Morte de D. Henrique.
Os pretendentes ao trono eram:

- D. António, prior do Crato, apoiado pelo povo;

- D. Filipe II, rei de Espanha, apoiado pela nobreza e burguesia. A nobreza pretendia obter cargos importantes nas áreas dominadas pelos espanhóis. A burguesia pretendia comerciar livremente nessas terras. Os dois grupos tinham esperança do rei espanhol resolver as dificuldades económicas do país.

1580 – D. António fez-se aclamar rei em Lisboa, Setúbal, Santarém e noutras cidades. Como resposta, em finais desse ano, um poderoso exercito de D. Filipe II invadiu Portugal e derrotou facilmente as forças de D. António, prior do Crato, que fugiu para França.
1581 – As Cortes de Tomar aclamaram, como rei de Portugal, D. Filipe II de Espanha, Filipe I de Portugal.

DOMÍNIO FILIPINO
D. Filipe subiu ao trono português, mantendo a União das Duas Coroas. Comprometeu-se a respeitar os interesses do Reino, os seus usos e costumes. Este compromisso foi cumprido nos dois reinados seguintes (D. Filipe I e D. Filipe II). O país melhorou a sua situação económica.
No reinado de D. Filipe III, por volta de 1620, a Espanha envolve-se em guerras com Inglaterra, França e Holanda. Estas conduziram ao aumento dos impostos e ao recrutamento de militares portugueses para combater nos exércitos espanhóis. As colónias portuguesas no Oriente, em África e no Brasil foram atacadas pelos inimigos de Espanha.


Motins populares – O povo começou por se revoltar contra a carestia de vida. Ex: “Revolta do Manuelinho” em Évora.
Revolta de 1640 – Conspirações da nobreza para derrubar os representantes de D. Filipe III. Assim, foi restaurada, ou seja, recuperada a independência de Portugal, sendo o Duque de Bragança proclamado rei, com o título de D. João IV.
D. João IV organizou o reconhecimento da Restauração da independência, enviando embaixadores aos principais países estrangeiros, e preparou a defesa do país:

  • Formou um exército;
  • Comprou e fabricou armas;
  • Construiu fortalezas.

A revolta de 1640


O 1º de Dezembro despertara formoso... Eram oito horas e meia. Os fidalgos iam chegando ao portão do palácio (...). Ao bater a última badalada das nove nas torres das igrejas, os conjurados irromperam impetuosamente.

(...) Os primeiros no assalto foram Jorge de Melo, Estevão da Cunha e António de Melo e Castro. O velho D. Miguel de Almeida avançou pela sala onde os soldados tentavam resistir e, energicamente , disparando o pistolão, (...) bradava:

- Valorosos lusitanos: viva El-Rei D. João IV de Portugal, até agora Duque de Bragança, viva! Morra El-Rei de Castela, que nos arrebatou a liberdade!

Já alguns fidalgos de espadas nuas, apontando as armas aos soldados, detinham-nos (...)

D. Miguel de Almeida apareceu numa das varandas e, erguendo a espada gritou:

- Liberdade, portugueses! Viva El-Rei D.João IV.

O povo acorria da banda da Ribeira e da Sé, das bestegas e ruelas, acreditando, enfim na revolução. Faltava, ainda, a prova decisiva: a da morte do secretário de Estado (...).

D. António Telo, D. João de Sá de Meneses (...), o Conde de Atouguia e seu irmão atravessavam os vastos corredores do paço seguidos por outros fidalgos (...). iam em busca de Miguel de Vasconcelos. (...) Encontrá-lo-iam num vasto armário onde se guardavam livros e papéis do Estado e atiraram-lhe a bala. Ao sentir-se atingido, o inimigo dos portugueses saltou para a sala, onde o feriram de novo, atirando-o, ainda com vida para o Terreiro. A multidão lançou-se sobre ele (...)

(...) Já os fidalgos se encontravam na presença da Duquesa de Mântua. D.Antão de Almeida tomara a dianteira.

Foi a governadora do Reino que se apresentou de cabeça erguida.


“- Que é esto, portugueses? Onde está vuestra fidelidad?”

Obrigaram-na a mandar abrir as portas (...). A governadora ergueu a voz, quis convencê-los, e ao ouvir o nome do Duque de Bragança, falou-lhes rudemente.

(...) D.Carlos de Noronha atalhou-lhe que não dissesse mais nada para não lhe faltarem ao respeito e que se recolhesse aos seus aposentos.

Saiu de cabeça levantada sentindo que os portugueses tinham ganho a partida naquele inicial dia de Dezembro (...).
Rocha Martins, “Os grandes Vultos da Restauração de Portugal”



GUERRA DA RESTAURAÇÃO
 Em 1644 iniciaram-se confrontos entre os exércitos portugueses e espanhóis. Só em 1668 foi assinado o Tratado de Paz e reconhecida a independência de Portugal, por Espanha.





D. João IV

Foi aclamado rei a 15 de Dezembro de 1640, dando início à IV e última dinastia portuguesa – a Dinastia de Bragança.

D. João IV fez frente às dificuldades com um vigor que muito contribuiu para a efectiva restauração da independência de Portugal.

Da actividade global do seu reinado, deveremos destacar o esforço efectuado na reorganização do aparelho militar - reparação das fortalezas das linhas defensivas fronteiriças, fortalecimento das guarnições, defesa do Alentejo e Beira e obtenção de material e reforços no estrangeiro; a intensa e inteligente actividade diplomática junto das cortes da Europa, no sentido de obter apoio militar e financeiro, negociar tratados de paz ou de tréguas e conseguir o reconhecimento da Restauração; a acção desenvolvida para a reconquista do império ultramarino, no Brasil e em Africa; a alta visão na escolha dos colaboradores; enfim, o trabalho feito no campo administrativo e legislativo, procurando impor a presença da dinastia nova.

Quando morreu, o reino não estava ainda em segurança absoluta, mas D. João IV tinha-lhe construído umas bases suficientemente sólidas para vencer a crise. Sucedeu-lhe D. Afonso VI, seu filho.
Ficha genealógica:

D. João IV nasceu em Vila Viçosa, a 19 de Março de 1604 e morreu em Lisboa, a 6 de Dezembro de 1656, tendo sido sepultado no Mosteiro de S. Vicente de Fora. Era filho de D. Teodósio II, 7 ° duque de Bragança, e de sua mulher, D. Ana de Velasco.

Casou em 12 de Janeiro de 1633, com D. Luísa Francisca de Gusmão (San Lucar de Barrameda, 13 de Outubro de 1613;Lisboa, 27 de Outubro de 1666), de quem teve os seguintes filhos:

 D. Teodósio, que nasceu em Vila Viçosa a 8 de Fevereiro de 1634 e morreu em Lisboa, a 13 de Maio de 1653. Foi 9 ° duque de Bragança e príncipe do Brasil, em 1645;

 D. Ana, que nasceu em Vila Viçosa, a 21 de Janeiro de 1635 e morreu no mesmo dia;

 D. Joana, que nasceu em Vila Viçosa a 18 de Setembro de 1635 e morreu em Lisboa, a 17 de Novembro de 1653;

 D. Catarina, que nasceu em Vila Viçosa, a 25 de Novembro de 1638 e morreu em Lisboa, a 31 de Dezembro de 1705.

 D. Manuel, que nasceu em Vila Viçosa, a 6 de Setembro de 1640 e faleceu no mesmo dia;

 D. Afonso VI, que herdou a coroa;

 D. Pedro II, que sucedeu ao precedente.




O MARQUÊS DE POMBAL



Sebastião José de Carvalho e Melo nasceu em Lisboa, a 13 de Maio de 1699, no seio de uma família nobre, embora os seus pais fossem pobres enviaram-no para estudar na Universidade de Coimbra.

Aos 23 anos casou com uma senhora viúva, dez anos mais velha do que ele.

No reinado de D. João V, foi embaixador de Portugal em Inglaterra e na Áustria, em missões diplomáticas que foram muito importantes para a sua formação política e económica.

Casou pela segunda vez com D. Leonor Daun, enquanto esteve na Áustria.

Quando D. João V morreu e D. José subiu ao trono, em 1750, foi nomeado Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. D. José deu-lhe dois títulos, o primeiro em 1759 como Conde de Oeiras, no seguimento do caso Távora, no qual tentaram matar o Rei e Sebastião José perseguiu os envolvidos. Em 1769 recebeu o título de Marquês de Pombal.

Enquanto Marquês fez muitas reformas no ensino, na economia e na sociedade.

No ensino:

- Criou escolas primárias e secundárias em todo o país, fundando o Real Colégio dos Nobres para formar todos os funcionários do Estado.

- Reformou a Universidade de Coimbra com novos estatutos, cursos e métodos de ensino.

Na economia:

- Contratou técnicos estrangeiros para desenvolver as manufacturas, criando novas e reformulando as antigas.

- Criou companhias comerciais para desenvolver o comércio. Fundou entre outras a Companhia do Comércio da Ásia Portuguesa em 1753, criou a Companhia da Agricultura das Vinhas do Alto Douro em 1756 e em 1773 surgiu a Companhia Geral das Reais Pescarias do Reino do Algarve para controlar a pesca no Sul.

- Em 1751 fundou o Banco Real de Portugal para administrar a cobrança dos impostos.
Na sociedade:

- Limitou os poderes da nobreza e do clero, apoiando a burguesia.

- Foi o responsável pela expulsão dos Jesuítas, fechando alguns colégios e confiscando os bens da Companhia de Jesus.
Depois do terramoto de Lisboa, em 1755, guiou-se por três lemas:

- Cuidar dos vivos e enterrar os mortos.

- Vigiar a cidade para evitar assaltos.

- Iniciar a reconstrução da cidade, a “Lisboa Pombalina”, com a ajuda do engenheiro Manuel da Maia e do arquitecto Eugénio dos Santos, alterando o modo de construção das casas para evitar que as casas caíssem num novo terramoto, construindo uma cidade organizada, com ruas paralelas e perpendiculares e edifícios da mesma altura.

O Marquês de Pombal defendia o Absolutismo, que dava o poder absoluto ao rei, mas cometeu vários abusos de poder, o que lhe valeu a antipatia e alguns inimigos. Em 1777 D. José faleceu, D. Maria subiu ao trono e o Marquês foi afastado da corte. Entretanto e depois de uma queixa feita contra Marquês de Pombal, foi condenado ao desterro, ou seja expulso para fora de Portugal, mas como já era idoso mandaram-no para Pombal, onde viveu até à sua morte, no dia 8 de Maio de 1782.

Os seus restos mortais foram transladados para Lisboa, no ano de 1856, encontrando-se depositados numa urna de mármore, na Igreja da Memória.

Em sua honra construiu-se uma estátua de bronze, inaugurada no dia 13 de Maio de 1934 onde se pode ver a sua figura com uma mão em cimo de um leão, que significa o seu poder, virada para a Baixa Pombalina.



Trabalho realizado por:
Catarina Pestana Faria Nº 7 6º E

O TERRAMOTO DE 1755

No dia 1 de Novembro de 1755 deu-se um sismo conhecido por o Terramoto de 1755 ou Terramoto de Lisboa, que destruiu quase por completo a cidade de Lisboa e atingiu parte do Algarve.


Como se não bastasse este cenário de pânico e destruição, o sismo foi seguido de um tsunami, incêndios, provocando a morte de mais de 10 mil pessoas.


O sismo deu-se no reinado de D. José I que só escapou à catástrofe pois tinha ido passar o dia fora da cidade (Santa Maria de Belém), porém, ficou traumatizado pois ganhou pânico a recintos fechados.


A reconstrução da cidade deve-se em grande parte a Marquês de Pombal, Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra e futuro primeiro-ministro, que ordenou de imediato a organização de equipas de bombeiros para combater os incêndios e recolher os milhares de cadáveres para evitar epidemias.


Conta-se, apesar de não estar documentado que Marquês de Pombal à pergunta "E agora?" respondeu "Enterram-se os mortos e cuidam-se os vivos".


O sismo teve consequências também a nível religioso e político, sendo Portugal um país católico, e a tragédia ter acontecido num dia santo e destruir tantas igrejas, a população levantou muitas questões religiosas por toda a Europa, questionando se o sismo não revelou uma ira divina.


Na política, o terramoto foi também destruidor. O ministro Marquês de Pombal era o favorito de D. José I, gozando de muito poder e influência sobre ele, o que levou ao descontentamento da alta nobreza, que inclusive tentou matar o rei – regicídio.


Hoje em dia ainda se encontram arquivados documentos relativos ao sismo na Torre do Tombo, nomeadamente o inquérito que Marquês de Pombal enviou a todas as paróquias do país para apurar os efeitos da tragédia.


A reconstrução deu origem ao que hoje conhecemos por Baixa Pombalina e é uma das zonas ricas da cidade.



 Trabalho realizado por:

Catarina Reimão, nº8,6ºD

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A JANELA DA HISTÓRIA

 O Grupo Disciplinar de História e Geografia de Portugal vai dinamizar a “Janela da História”. A responsabilidade é atribuída mensalmente a cada um dos docentes da disciplina que utilizarão o espaço para apresentarem trabalhos realizados pelos alunos das suas turmas. A primeira janela já está aberta…



 


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A PRIMEIRA VIAGEM DE COMBOIO EM PORTUGAL

28 de Outubro de 1856

Foi há 150 anos que circulou o primeiro comboio em Portugal. Uma viagem pequena, de cerca de 37 quilómetros entre Lisboa e o Carregado. Foi também uma viagem atribulada, pelo menos a crer no relato que dela nos dá a Marquesa de Rio Maior.

Ao que parece, a máquina não tinha força para puxar todas as carruagens que lhe atrelaram e... largou algumas delas pelo caminho. Muitos convidados não terão chegado ao local da festa e tiverem de ser recolhidos em vários pontos do caminho.

Contudo, há poucas certezas sobre os factos desse dia: seriam uma ou duas locomotivas (a Portugal e a Coimbra)? Foram 14, 15, 16 ou 17 carruagens?

CURIOSIDADES DA HISTÓRIA

FICAR A VER NAVIOS
Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.


FAZER TIJOLO
Significado: Morrer.

Origem: Segundo se diz, existiu um velho cemitério mouro para as bandas das Olarias, Bombarda e Forno do Tijolo. O almacávar, isto é, o cemitério mourisco, alastrava-se numa grande extensão por toda a encosta, lavado de ar e coberto de arvoredo.

Após o terramoto de 1755, começando a reedificação da cidade, o barro era pouco para as construções e daí aproveitar-se todo o que aparecesse.

O cemitério árabe foi tão amplamente explorado que, de mistura com a excelente terra argilosa, iam também as ossadas para fazer tijolo. Assim, é frequente ouvir-se a expressão popular em frases como esta: 'Daqui a dez anos já eu estou a fazer tijolo '.

in 'Dicionário de Expressões Correntes' ; Orlando Neves


Sabiam que depois da catástrofe que foi o Terramoto de 1755, D. José I ganhou uma fobia a recintos fechados e viveu o resto da sua vida num luxuoso complexo de tendas no Alto da Ajuda, em Lisboa?

Sabiam que os primeiros edifícios, a nível mundial, a serem construídos com protecção anti-sísmica foram os da «Baixa Pombalina», edificados após o Terramoto de 1755?

A maior catástrofe natural que alguma vez aconteceu em Portugal foi o terramoto de Lisboa de 1755. Neste terramoto, morreram cerca de 60 mil pessoas. Destas, cerca de 20 mil morreram em Lisboa (na época, viviam 250 mil pessoas nesta cidade).

DATAS COM HISTÓRIA

12 de Outubro -1724 - Forte abalo de terra sentido em Lisboa, Porto, Elvas, Santarém e Portimão.

14 de Outubro - 1751- Alvará que proíbe o transporte de escravos do Brasil para quaisquer zonas coloniais que não fossem portuguesas.

                         1910 - Chega a Inglaterra, após passagem por Gibraltar, a família Real.
                         1773 - Proibição dos porcos andarem dispersos nas ruas de Lisboa.

15 de Outubro - 1723 - É registada em Lisboa a passagem de um cometa.

16 de Outubro -1975 - Forças indonésias invadem regiões fronteiriças de Timor. São efectuados verdadeiros massacres sobre a população e grupos armados da FRETILIN.

17 de Outubro - 1990 - No rio Tejo um lamentável desastre ecológico mata mais de 100 toneladas de peixe.

18 de Outubro - 1739 - António José da Silva, por sentença do Santo Ofício, é queimado num auto-de-fé.

22 de Outubro - 1944 - O governo de Salazar extingue a PVDE e cria a PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado).

25 de Outubro - 1957 - O General Humberto Delgado aceita apresentar-se às «eleições» para a Presidência da República como candidato da oposição «não comunista».

27 de Outubro -  1807 - 1ª Invasão francesa. Junot invade Portugal.

29 de Outubro - 1936 - Chega ao Campo de Concentração do Tarrafal a primeira leva de prisioneiros políticos, constituída por 157 deportados.

1 de Novembro - 1755 - Regista-se em Lisboa, pelas 9.30 da manhã, um intenso terramoto.

10 de Novembro - 1910 - A Inglaterra reconhece de facto a República Portuguesa.

12 de Novembro - 1991 - Em Timor - Leste as tropas indonésias massacram civis no cemitério de Santa Cruz, em Díli.

16 de Novembro - 1798 - Portaria que incentiva o cultivo da batata nos Açores.

17 de Novembro - 1969 - O governo de Marcelo Caetano extingue a PIDE e cria em seu ligar a Direcção-Geral de Segurança (DGS).

20 de Novembro-  1992 - O líder da resistência timorense, Xanana Gusmão é preso em Díli.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

CENTENÁRIO DA REPÚBLICA

 Passaram 100 anos desde que a República foi proclamada nos concelhos de Almada e Seixal, no dia 4 de Outubro de 1910.

Hoje recriou-se o acontecimento na Escola Básica do 2º e 3º ciclos de Vale de Milhaços.
A República foi proclamada à janela da Biblioteca Escolar. O discurso do Dr. José Relvas, proferido pelos alunos da turma 6º H, fez-se ouvir junto da população entusiástica que assistia ao acontecimento.
«O Governo da República Portuguesa saúda as forças de terra e mar, que com o povo instituiu a República para felicidade da Pátria. Confio no patriotismo de todos. E porque a República para todos é feita, espero que os oficiais do Exército e da Armada que não tomaram parte no Movimento se apresentem no Quartel - general a garantir por sua honra a mais absoluta lealdade ao novo Regime.»
Viva a República!

Após o discurso toda a população gritou “VIVA A REPÚBLICA” e entoou o Hino Nacional “A Portuguesa”, que foi cantado pelos alunos das turmas 6º C e 6º G.


O dia fica marcado para sempre através da plantação da “Árvore do Centenário” pela turma 6º H, uma “Eugénia” cujas raízes crescerão firmes e profundas como se pretende que a República se mantenha de modo a embelezar a nossa escola com as suas flores e frutos.
Para conhecer melhor os republicanos que viveram em Almada e no Seixal, podem visitar a exposição que está no átrio da Biblioteca Escolar, até ao dia 12 de Outubro.




 







sexta-feira, 10 de setembro de 2010

ESTAMOS DE VOLTA

Hoje foi um dia especial. Regressámos à escola.
No dia 10 de Setembro de 2010 a nossa escola recebeu os alunos do quinto ano. Cada uma das áreas curriculares preparou um espaço de boas – vindas onde se efectuaram algumas actividades relacionadas com o trabalho a desenvolver ao longo do ano.
Os professores da área curricular disciplinar de História e Geografia de Portugal prepararam o auditório para acolher estes alunos. Foram expostos trabalhos efectuados em anos anteriores e preparou – se uma apresentação comentada, mostrando algumas visitas de estudo e exposições. Os alunos receberam, ainda, um jogo que explorava conteúdos de Estudo do Meio do 4º ano.

Na opinião das professoras que dinamizaram a actividade de História e Geografia de Portugal esta foi muito positiva, tendo os alunos sido receptivos ao que era mostrado, revelando curiosidade em relação aos trabalhos expostos e em relação a esta área curricular disciplinar.

A repetir no próximo ano lectivo!


domingo, 13 de junho de 2010

Exposição Comemorativa do Centenário da República

O ano lectivo está a terminar e o Dia de Portugal foi o escolhido para a inauguração oficial da exposição comemorativa do "Centenário da República".
A exposição é composta por painéis alusivos à Revolução do dia 5 de Outubro de 1910, pelos trabalhos realizados pelos alunos do 5º, 6º e 9º ano, nas disciplinas de História e Geografia de Portugal, História e Educação Visual e Tecnológica.
Viajamos no tempo e relembramos a origem dos principais clubes desportivos, a arte, a moda, o cinema, a rádio, a participação portuguesa na 1ª Guerra Mundial, os Símbolos da República, a evolução dos automóveis... entre outras coisas.

A inauguração contou com a presença da turma 5º C, que cantou o Hino de Portugal "A Portuguesa". Os parabéns aos alunos e à professora Guilhermina Branco.


 


Podemos ver as caricaturas dos Presidentes da República, desde 1910 até 2010 realizadas pelos alunos do 5º D nas aulas de EVT.
Ficamos a conhecer a evolução das bandeiras portuguesas desde a formação da nacionalidade até à bandeira republicana, realizadas pelos alunos do 5º G.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

VISITAS VIRTUAIS AOS NOSSOS MUSEUS

Vale a pena ver.
Quer seja para conhecer ou para relembrar.
Pois é... virtualmente já é possível visitar em Portugal, monumentos com a qualidade que podem testemunhar nos links seguintes.
Para ver os interiores, basta ir carregando com o rato na mouse apresentada em todos os Links.

Links directos

Mosteiro dos Jerónimos - Lisboa
http://3d.culturaonline.pt/Content/Common/VirtualTour/Index.htm?id=75047666-4597-4a28-ae77-9b7567c4732b

Convento de Cristo - Tomar
http://3d.culturaonline.pt/Content/Common/VirtualTour/Index.htm?id=82e66d80-439e-4f29-bc9b-576e98efee57

Mosteiro da Batalha
http://3d.culturaonline.pt/Content/Common/VirtualTour/Index.htm?id=42bb5d98-e786-4f02-bb5f-2aa349af28dd

Mosteiro de Alcobaça
http://3d.culturaonline.pt/Content/Common/VirtualTour/Index.htm?id=c26617b5-acd3-422e-998f-5bd163a99efc


Links indirectos Depois de entrar na pagina click em visita virtual

Fortaleza de Sagres
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Monumentos/Pages/Fortaleza_Sagres.aspx

Mosteiro Santa Clara Velha - Coimbra
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Monumentos/Pages/Mosteiro_Santa_Clara_Velha.aspx

Mosteiro de São Martinho Tibães - Braga
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Monumentos/Pages/Mosteiro_Sao_Martinho_Tibaes.aspx

Museu Grão Vasco - Viseu
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Museus/Pages/M_Grao_Vasco.aspx

Museu Nacional do Azulejo - Lisboa
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Museus/Pages/M_Nacional_Azulejo.aspx

Museu Nacional de Arte Antiga - Lisboa
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Museus/Pages/M_nacional_arte_antiga.aspx

Palácio Nacional da Ajuda - Lisboa
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Palacios/Pages/PN_Ajuda.aspx

Museu Soares Dos Reis - Porto
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Museus/Pages/M_Soares_Reis.aspx

Palácio Nacional de Mafra
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Palacios/Pages/PN_Mafra.aspx

Palácio Nacional de Queluz
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Palacios/Pages/PN_Queluz.aspx

Palácio Nacional de Sintra
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Palacios/Pages/PN_Sintra.aspx

Torre de Belem - Lisboa
http://www.culturaonline.pt/MuseusMonumentos/Monumentos/Pages/Torre_Belem.aspx

terça-feira, 1 de junho de 2010

BANCO ALIMENTAR

Os alunos da disciplina de Educação Moral e Religião Evangélica representaram a nossa escola através da sua participação no banco alimentar contra a fome em Palmela.
No dia 29 de Maio, os alunos Inês Ferreira do 5º C, João Nascimento do 6º E e João Mota do 7º B, participaram activamente na recepção dos alimentos que chegavam às instalações e que eram separadas por secções.




Não posso esquecer a preciosa colaboração dos encarregados de educação, pois sem o transporte que asseguraram não tinha sido possível a deslocação dos alunos para o local.
Como a solidariedade é contagiante não conseguiram ficar à espera dos seus educandos e quiseram colaborar nas tarefas do grupo.

O professor de EMRE
António Ferreira

terça-feira, 18 de maio de 2010

EXPOSIÇÃO "A CARBONÁRIA"

Em Portugal a Carbonária foi muitas vezes uma associação paralela à Maçonaria. "Sociedade secreta essencialmente política", tinha por objectivo as conquistas da liberdade e a perfeição humana.
Impunha aos seus filiados "possuírem ocultamente uma arma com os competentes cartuchos".
Contribuía directa e indirectamente para a educação popular e assistência aos desvalidos. "Tinha uma hierarquia própria, em certos aspectos semelhante à maçonaria, tratando os filiados por "primos".
Os centros de reunião e aglomerações de associados chamavam-se, por ordem crescente de importância, "choças", "barracas" e "vendas".
A Carbonária Portuguesa, à qual pertenceram pessoas da mais elevada categoria social, parece ter sido estabelecida em 1822 (ou 1823) "por oficiais italianos que procuravam, por meio de sociedades secretas, revolucionar toda a Europa Meridional".
A indignação nacional suscitada pelo ultimato da Inglaterra (1890) e as desastrosas consequências da revolta de 31 de Janeiro de 1891, arrastaram a mocidade académica para as sociedades secretas.
Foi em 1896 que surgiu a última Carbonária portuguesa, sendo completamente diferente das anteriores : diferente organização, ritual e até processos de combater. Foi seu fundador o grão-mestre Artur Duarte Luz de Almeida. Tendo participado grandemente nos preparativos do movimento revolucionário de 28 de Janeiro de 1908, que abortou, a sua acção tornou-se depois decisiva para a queda da Mornaquia, mais acentuadamente a partir de 14 de Junho de 1910, quando, a propósito de apressar a revolução, em perigo pelo número crescente de civis presos e militares transferidos, a Maçonaria nomeou uma comissão de resistência encarregada de coadjuvar a implantação da República por uma colaboração mais activa com a Carbonária.
A fragmentação do Partido Republicano, sobrevinda ao advento do novo regime político nacional, tornou inevitável a extinção da Carbonária portuguesa, tendo depois, até 1926, resultado infrutíferas todas as tentativas feitas para o seu ressurgimento.

( Dicionário de História de Portugal, 4 volumes, SERRÃO, Joel (ed.lit.), 1ªedição, Lisboa, Iniciativas Editoriais, volume I, 1963-1971, pp.481-2 )

OS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES

Os alunos do 5º e do 8º ano apresentam à comunidade educativa os trabalhos que realizaram sobre os descobrimentos portugueses no séc. XV.
Ficamos a conhecer melhor as dificuldades sentidas pelos marinheiros ao longo das viagens que realizaram, o papel que as mulheres, por vezes esquecidas, tiveram nessas viagens e como era a vida a bordo ao longo dos meses intermináveis que se passavam no mar.
Foi com muita criatividade que os alunos apresentaram réplicas das embarcações e dos instrumentos náuticos usados na navegação.




Por último, mas muito importantes, os principais navegadores responsáveis pelas descobertas feitas ao longo da costa africana, no continente asiático e na América (Brasil).
Estão de parabéns todos os que tornaram possível a realização desta exposição.

No âmbito da área curricular disciplinar de Ciências da Natureza em articulação com a História e Geografia de Portugal, os alunos do quinto ano turmas A, B, C e D pesquisaram algumas características dos animais (nome vulgar, imagem, habitat, forma, revestimento, locomoção, alimentação, reprodução ...) e plantas (nome da planta, nome científico, nome do fruto, imagem, tipo ...) que surgiram na época dos descobrimentos. Referiram ainda a origem e a utilidade destes seres vivos (animais e plantas) na época dos descobrimentos.


sexta-feira, 30 de abril de 2010

DO ESTADO NOVO AO 25 DE ABRIL

36 ANOS SE PASSARAM e as memórias continuam SEMPRE PRESENTES.

Os alunos do 6º e 9º ano contribuiram para o avivar dos acontecimentos que ocorreram no dia 25 de Abril de 1974.
A exposição que se encontra aberta à comunidade prova que os valores da LIBERDADE, DA DEMOCRACIA e DA CIDADANIA fazem parte do nosso quotidiano.




O LIVRO DURANTE O ESTADO NOVO

Com a colaboração dos professores e da Biblioteca Escolar recuámos no tempo, abrimos os baús e descobrimos como eram os livros escolares na década de 1960-70.
Aqui ficam algumas imagens...