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sexta-feira, 30 de abril de 2010

DO ESTADO NOVO AO 25 DE ABRIL

36 ANOS SE PASSARAM e as memórias continuam SEMPRE PRESENTES.

Os alunos do 6º e 9º ano contribuiram para o avivar dos acontecimentos que ocorreram no dia 25 de Abril de 1974.
A exposição que se encontra aberta à comunidade prova que os valores da LIBERDADE, DA DEMOCRACIA e DA CIDADANIA fazem parte do nosso quotidiano.




O LIVRO DURANTE O ESTADO NOVO

Com a colaboração dos professores e da Biblioteca Escolar recuámos no tempo, abrimos os baús e descobrimos como eram os livros escolares na década de 1960-70.
Aqui ficam algumas imagens...


sexta-feira, 23 de abril de 2010

MEMÓRIAS DA GUERRA COLONIAL


No dia 23 de Abril realizou-se, na EB 2/3 de Vale de Milhaços, um encontro de alunos do 5º ano ao 9º ano de escolaridade com ex-combatentes da guerra colonial que pertencem à Associação dos Deficientes das Forças Armadas (Sr. Coronel Manuel Lopes Dias, 1º Vice-Presidente da Direcção Nacional da ADFA e o do Sr. Francisco Janeiro, Presidente da Delegação de Lisboa da ADFA.
A História permite-nos a ligação a um tempo passado e alimenta o nosso pensamento, a nossa compreensão acerca de um tempo que de desconhecido se torna mais conhecido. A presença de homens, que viveram e experimentaram, por dentro, o flagelo da guerra colonial, proporcionou, aos nossos alunos, uma aprendizagem de experiência vivida e permitiu que a História, nessa manhã, fosse uma História viva, vivenciada e compreendida por todos os intervenientes. A verdade é que se transformou o auditório num espaço vivo onde a comunicação e as emoções estiveram sempre presentes entre os alunos e os convidados.
Um agradecimento especial a todos os alunos que representaram de forma exemplar as suas turmas.

 
ABRIL DE ABRIL
Era um Abril de amigo Abril de trigo

Abril de trevo e trégua e vinho e húmus

Abril de novos ritmos e rumos


Era um Abril comigo Abril contigo

ainda só ardor e sem ardil

Abril sem adjectivo Abril de Abril


Era um Abril na praça de Abril de massas

era um Abril na rua Abril a rodos

Abril de sol que nasce para todos


Abril de vinho e sonho em nossas taças

era um Abril de clava Abril em acto

em mil novecentos e setenta e quatro


Era um Abril viril Abril tão bravo

Abril de boca a abrir-se Abril palavra

esse Abril em que Abril se libertava


Era um Abril de clava Abril de cravo

Abril na mão e sem fantasmas

esse Abril em que Abril floriu nas armas



MANUEL ALEGRE


 
 

Visita de estudo ao Museu da Marinha


No dia 20 de Abril os alunos da turma 5º D foram visitar o Museu da Marinha em Lisboa. Este Museu nasceu em 1863 e é o maior museu marítimo do mundo.
A visita contou com a colaboração do Ecomuseu Municipal do Seixal que disponibilizou o autocarro e a visita guiada por técnicos do Museu da Marinha.
Vimos réplicas de embarcações náuticas dos séculos XV e XVI que são únicas no mundo, os achados arqueológicos encontrados no navio naufragado em 1606, a Nossa Senhora dos Mártires, a camarinha do rei D. Carlos e da rainha D. Amélia, as galeotas (embarcações de recreio dos reis e rainhas), o Bergantim construído em 1758 e alguns hidroaviões.
Não é possível enumerar tudo o que vimos e ouvimos por isso aqui ficam algumas das nossas memórias.

domingo, 18 de abril de 2010

ORIGEM DO CONCELHO DO SEIXAL

No início do séc. XVI as povoações que faziam parte do Seixal pertenciam a Almada. Só no reinado de D. Maria II, em 1836, após a revolução liberal é que o Seixal viria a ser Concelho.

Na altura em que se tornou Concelho, a população do interior do Concelho era rural vivia da silvicultura (produção de madeira para as embarcações) e da exploração agrícola de quintas, a maior parte das quintas pertenciam a ordens religiosas e eram utilizadas por nobre e fidalgos da corte. A população junto ao rio, era urbana dedicava-se ao transporte fluvial de produtos para a capital (Lisboa) e à indústria de moagem desenvolvida nos moinhos de maré que eram doze espalhados pelas margens do rio.

Porém, em 1895 o Concelho foi extinto. As povoações que faziam parte do Concelho do Seixal foram divididas: a Freguesia de Amora passou a fazer parte do Concelho de Almada e as de Arrentela, Aldeia de Paio Pires e Seixal passaram a fazer parte do Concelho do Barreiro.

Três anos mais tarde, a 6 de Novembro de 1898 o Concelho do Seixal voltou novamente a ser instituído, abrangendo também a freguesia de Corroios.

Acontecimentos importantes no ano de 1836:

  • 25 de Fevereiro: primeiro revólver, pelo norte-americano Samuel Colt;
  • 28 de Março: Divisão dos Açores em três Distritos: Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta;
  • 15 de Junho: Arkansas torna-se o 25º estado norte-americano;
  • 6 de Novembro: criação do Concelho do Seixal pela rainha D. Maria II;
D. Maria II, filha de D. Pedro IV Imperador do Brasil, teve o cognome de “A Educadora” ou “A Boa Mãe”, pela educação que deu aos seus filhos. Foi a 31ª Rainha de Portugal e dos Algarves.

João Matias, nº 20 – 5º B






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CONCELHO DO SEIXAL


O Concelho do Seixal foi criado no reinado de D. Maria II, em 1836, quando se deu a reforma administrativa do liberalismo. Até esta data, as freguesias do agora Concelho do Seixal pertenciam a Almada. A população, nesta época, era essencialmente rural. Os que habitavam perto do rio dedicavam-se à actividade de cabotagem que era muito importante pois estabelecia o contacto com a capital, Lisboa. Outra actividade importante da época era a indústria da moagem desenvolvida nos moinhos de maré. Existiam então 12 moinhos espalhados pelas margens do rio, da enseada do Seixal até à ribeira de Coina. A maior parte das quintas do Município pertenciam a ordens religiosas, que eram utilizadas pelos nobres e pelos fidalgos da corte como quintas de recreio.

Em 1895, o concelho do Seixal é extinto, passando a freguesia da Amora a pertencer ao concelho de Almada, e as de Arrentela, Paio Pires e Seixal ao do Barreiro.

Mas em 1898 o concelho do Seixal é restaurado. A freguesia de Corroios, que antes de 1836 já existia, foi restaurada mais tarde, em 1976, e deixou de pertencer a Amora.

Em 1889, o Seixal passa a ser Comarca, mas esta passa em 1927 para Almada. Neste mesmo ano, o concelho deixa de pertencer ao distrito de Lisboa e passa a pertencer ao distrito de Setúbal.

Trabalho realizado por:
Pedro Gomes nº 25, 5º B





segunda-feira, 12 de abril de 2010

SESSÃO DE INFORMAÇÃO - MEMÓRIAS DA GUERRA COLONIAL

No dia 23 de Abril (sexta-feira), entre as 10.15h e as 11.45h, vai realizar-se no Auditório da EBVM, uma sessão de informação dinamizada pelos 1º e 2º Vice-Presidentes da ADFA ( Associação de Deficientes das Forças Armadas) o Coronel Manuel Lopes Dias e o Engº. Garcia Miranda.

Todas as turmas estarão representadas por um aluno que terá a responsabilidade de transmitir aos seus colegas as informações obtidas.


BREVE APONTAMENTO
Após a II Guerra Mundial todos os países europeus com excepção de Portugal foram concedendo a independência aos seus territórios na Ásia e em África, recorrendo por vezes ao uso da força (por exemplo no caso da Argélia). Assim, Cabo Verde, Guiné, S. Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, o chamado "Estado da Índia" (constituído por Goa, Damão e Diu), Macau e Timor eram ainda pertença portuguesa.
Em 1955, com a entrada de Portugal na ONU, foi recomendado ao governo tornar as suas colónias independentes, algo que não foi aceite. Para tentar contornar a situação o regime declarou as colónias como "províncias ultramarinas" e concedeu a cidadania aos seus habitantes. Tal medida foi reprovada internacionalmente pela Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Goa, Damão e Diu seriam os primeiros territórios que Portugal perderia, após uma guerra de pequena duração com as forças indianas.
Em 1961, um rol de acontecimentos marcam uma viragem no destino das colónias portuguesas. É o caso da rebelião iniciada pelos militantes do MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola) em Luanda, a 4 de Fevereiro e, a 15 de Março, a UPA (União das Populações de Angola), posteriormente denominada FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), inicia um conjunto de violentos ataques no norte da colónia. Anos mais tarde, já com a presença da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), começa uma luta de guerrilha.
O conflito na Guiné-Bissau irá iniciar-se em 1963, com apenas uma organização política: o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde), ao passo que a FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) irá conduzir Moçambique à guerra no ano de 1964.
No continente africano apenas Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe ficaram imunes à guerra; na Ásia o território macaense sofreu alguns momentos de instabilidade, não tendo no entanto chegado a haver conflito armado; em Timor os movimentos independentistas só surgiram após o 25 de Abril de 1974.
No ano de 1961 Salazar irá proferir a máxima legitimadora da sua posição relativamente às rebeliões que se desencadeavam nas possessões portuguesas: "Para Angola, imediatamente e em força".
As três frentes de guerra provocaram fortes abalos nas finanças do Estado, desgastando simultaneamente as forças armadas, ao mesmo tempo que colocava Portugal cada vez mais isolado no panorama político mundial. A nível humano, as consequências foram trágicas: um milhão e quatrocentos mil homens mobilizados, nove mil mortos e cerca de trinta mil feridos, além de cento e quarenta mil ex-combatentes sofrendo distúrbios pós-guerra. A acrescentar a estes números há ainda que mencionar as não contabilizadas vítimas civis de ambas as partes.
O conflito não terá solução através de meios pacíficos ou militares, mas apenas por meios políticos e diplomáticos empreendidos após 1974.