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domingo, 28 de novembro de 2010

EFEMÉRIDES

-19 de Novembro de 1894, Américo Tomás, , nasceu o ex-presidente da República. -20 de Novembro de 1911, nasceu o maestro e compositor Armando Tavares Belo.

-23 de Novembro de 1930, nasceu o poeta Herberto Hélder.  D. Francisco Manuel de Melo, escritor de família nobre, nasceu no mesmo dia do ano de 1608.

-24 de Novembro de 1906, nasceu o escritor António Gedeão, pseudónimo de Rómulo de Carvalho, cuja poesia evidencia a simbiose perfeita entre a ciência e a literatura.

-25 de Novembro de 1845, nasceu o escritor Eça de Queirós, famoso autor de Os Maias. Ramalho Ortigão nasceu no mesmo dia do ano de 1836.

-27 de Novembro de 1826, nasceu no Porto o poeta Soares de Passos.

-29 de Novembro de 1969, faleceu o escritor neo-realista Alves Redol.




-30 de Novembro de 1935, em Lisboa, morreu Fernando Pessoa.

-1 de Dezembro de 1640, ocorreu a restauração da independência de Portugal. O governo espanhol deu lugar ao rei D. João IV. (Feriado nacional); Dia Mundial da Luta contra a SIDA

-5 de Dezembro - Dia Internacional do Voluntário

-8 de Dezembro - Imaculada Conceição (Feriado nacional)

-9 de Dezembro de 1854, em Lisboa, faleceu Almeida Garrett. Poeta e prosador, deu também um importante contributo para a renovação do teatro em Portugal.

-10 de Dezembro - Dia Mundial dos Direitos Humanos

-11 de Dezembro de 1908, nascia o realizador de cinema Manoel de Oliveira.

-14 de Dezembro de 1952, em Amarante, faleceu Teixeira de Pascoaes.

-19 de Dezembro de 1901, na Praia da Vitória, Ilha Terceira, Açores, nasceu o professor e escritor Vitorino Nemésio.

-22 de Dezembro de 1969, faleceu, em Vila do Conde José Régio.

-23 de Dezembro de 1734, nasceu, em Lisboa, Filinto Elísio, um dos mais importantes poetas do Neoclassicismo português.

-25 de Dezembro – Natal (comemoração do nascimento de Jesus Cristo)

-27 de Dezembro de 1923, nasceu, em Lisboa, o escultor Lagoa Henriques.

-29 de Dezembro de 1956, em Lisboa, foi inaugurado o Metro, uma rede subterrânea de transporte colectivo.



sexta-feira, 26 de novembro de 2010

1 DE DEZEMBRO DE 1640


 

“No dia 24 de Junho de 1578 saiu D. Sebastião do Tejo, com uma armada de cerca de 800 velas, entre galeões, galés, urcas, caravelas e outras embarcações; no camarim da sua galé levava o rei a espada e o escudo de D. Afonso Henriques, que pedira ao Mosteiro de Santa Cruz (…). Após alguma demora em Lagos e Cádis, chegou o rei a Tânger a 7 de Julho, donde quatro dias mais tarde , partiu para Arzila (…). A 29 de Julho partiu em direcção de Alcácer Quibir (…). A 6 km desta cidade acampara com 40 000 cavaleiros. No dia 4, D. Sebastião mandou dispor o exército em ordem de batalha, exército que, mal alimentado, estafado pela marcha e pelo calor e dirigido por um rei incapaz, foi completamente derrotado. Entre os mortos figurava o próprio rei.
Maria Emília Ferreira in Dicionário de História de Portugal – artigo “D. Sebastião”
(adaptado)


A MORTE DE D. SEBASTIÃO E O DOMÍNIO FILIPINO
D. Sebastião morreu em combate com os mouros, sucedendo-lhe no trono seu tio-avô, D. Henrique, que morreu passado pouco tempo, sem deixar filhos.
1578 – O exército português foi derrotado nem Alcácer-Quibir e D. Sebastião morreu.

1580 – Morte de D. Henrique.
Os pretendentes ao trono eram:

- D. António, prior do Crato, apoiado pelo povo;

- D. Filipe II, rei de Espanha, apoiado pela nobreza e burguesia. A nobreza pretendia obter cargos importantes nas áreas dominadas pelos espanhóis. A burguesia pretendia comerciar livremente nessas terras. Os dois grupos tinham esperança do rei espanhol resolver as dificuldades económicas do país.

1580 – D. António fez-se aclamar rei em Lisboa, Setúbal, Santarém e noutras cidades. Como resposta, em finais desse ano, um poderoso exercito de D. Filipe II invadiu Portugal e derrotou facilmente as forças de D. António, prior do Crato, que fugiu para França.
1581 – As Cortes de Tomar aclamaram, como rei de Portugal, D. Filipe II de Espanha, Filipe I de Portugal.

DOMÍNIO FILIPINO
D. Filipe subiu ao trono português, mantendo a União das Duas Coroas. Comprometeu-se a respeitar os interesses do Reino, os seus usos e costumes. Este compromisso foi cumprido nos dois reinados seguintes (D. Filipe I e D. Filipe II). O país melhorou a sua situação económica.
No reinado de D. Filipe III, por volta de 1620, a Espanha envolve-se em guerras com Inglaterra, França e Holanda. Estas conduziram ao aumento dos impostos e ao recrutamento de militares portugueses para combater nos exércitos espanhóis. As colónias portuguesas no Oriente, em África e no Brasil foram atacadas pelos inimigos de Espanha.


Motins populares – O povo começou por se revoltar contra a carestia de vida. Ex: “Revolta do Manuelinho” em Évora.
Revolta de 1640 – Conspirações da nobreza para derrubar os representantes de D. Filipe III. Assim, foi restaurada, ou seja, recuperada a independência de Portugal, sendo o Duque de Bragança proclamado rei, com o título de D. João IV.
D. João IV organizou o reconhecimento da Restauração da independência, enviando embaixadores aos principais países estrangeiros, e preparou a defesa do país:

  • Formou um exército;
  • Comprou e fabricou armas;
  • Construiu fortalezas.

A revolta de 1640


O 1º de Dezembro despertara formoso... Eram oito horas e meia. Os fidalgos iam chegando ao portão do palácio (...). Ao bater a última badalada das nove nas torres das igrejas, os conjurados irromperam impetuosamente.

(...) Os primeiros no assalto foram Jorge de Melo, Estevão da Cunha e António de Melo e Castro. O velho D. Miguel de Almeida avançou pela sala onde os soldados tentavam resistir e, energicamente , disparando o pistolão, (...) bradava:

- Valorosos lusitanos: viva El-Rei D. João IV de Portugal, até agora Duque de Bragança, viva! Morra El-Rei de Castela, que nos arrebatou a liberdade!

Já alguns fidalgos de espadas nuas, apontando as armas aos soldados, detinham-nos (...)

D. Miguel de Almeida apareceu numa das varandas e, erguendo a espada gritou:

- Liberdade, portugueses! Viva El-Rei D.João IV.

O povo acorria da banda da Ribeira e da Sé, das bestegas e ruelas, acreditando, enfim na revolução. Faltava, ainda, a prova decisiva: a da morte do secretário de Estado (...).

D. António Telo, D. João de Sá de Meneses (...), o Conde de Atouguia e seu irmão atravessavam os vastos corredores do paço seguidos por outros fidalgos (...). iam em busca de Miguel de Vasconcelos. (...) Encontrá-lo-iam num vasto armário onde se guardavam livros e papéis do Estado e atiraram-lhe a bala. Ao sentir-se atingido, o inimigo dos portugueses saltou para a sala, onde o feriram de novo, atirando-o, ainda com vida para o Terreiro. A multidão lançou-se sobre ele (...)

(...) Já os fidalgos se encontravam na presença da Duquesa de Mântua. D.Antão de Almeida tomara a dianteira.

Foi a governadora do Reino que se apresentou de cabeça erguida.


“- Que é esto, portugueses? Onde está vuestra fidelidad?”

Obrigaram-na a mandar abrir as portas (...). A governadora ergueu a voz, quis convencê-los, e ao ouvir o nome do Duque de Bragança, falou-lhes rudemente.

(...) D.Carlos de Noronha atalhou-lhe que não dissesse mais nada para não lhe faltarem ao respeito e que se recolhesse aos seus aposentos.

Saiu de cabeça levantada sentindo que os portugueses tinham ganho a partida naquele inicial dia de Dezembro (...).
Rocha Martins, “Os grandes Vultos da Restauração de Portugal”



GUERRA DA RESTAURAÇÃO
 Em 1644 iniciaram-se confrontos entre os exércitos portugueses e espanhóis. Só em 1668 foi assinado o Tratado de Paz e reconhecida a independência de Portugal, por Espanha.





D. João IV

Foi aclamado rei a 15 de Dezembro de 1640, dando início à IV e última dinastia portuguesa – a Dinastia de Bragança.

D. João IV fez frente às dificuldades com um vigor que muito contribuiu para a efectiva restauração da independência de Portugal.

Da actividade global do seu reinado, deveremos destacar o esforço efectuado na reorganização do aparelho militar - reparação das fortalezas das linhas defensivas fronteiriças, fortalecimento das guarnições, defesa do Alentejo e Beira e obtenção de material e reforços no estrangeiro; a intensa e inteligente actividade diplomática junto das cortes da Europa, no sentido de obter apoio militar e financeiro, negociar tratados de paz ou de tréguas e conseguir o reconhecimento da Restauração; a acção desenvolvida para a reconquista do império ultramarino, no Brasil e em Africa; a alta visão na escolha dos colaboradores; enfim, o trabalho feito no campo administrativo e legislativo, procurando impor a presença da dinastia nova.

Quando morreu, o reino não estava ainda em segurança absoluta, mas D. João IV tinha-lhe construído umas bases suficientemente sólidas para vencer a crise. Sucedeu-lhe D. Afonso VI, seu filho.
Ficha genealógica:

D. João IV nasceu em Vila Viçosa, a 19 de Março de 1604 e morreu em Lisboa, a 6 de Dezembro de 1656, tendo sido sepultado no Mosteiro de S. Vicente de Fora. Era filho de D. Teodósio II, 7 ° duque de Bragança, e de sua mulher, D. Ana de Velasco.

Casou em 12 de Janeiro de 1633, com D. Luísa Francisca de Gusmão (San Lucar de Barrameda, 13 de Outubro de 1613;Lisboa, 27 de Outubro de 1666), de quem teve os seguintes filhos:

 D. Teodósio, que nasceu em Vila Viçosa a 8 de Fevereiro de 1634 e morreu em Lisboa, a 13 de Maio de 1653. Foi 9 ° duque de Bragança e príncipe do Brasil, em 1645;

 D. Ana, que nasceu em Vila Viçosa, a 21 de Janeiro de 1635 e morreu no mesmo dia;

 D. Joana, que nasceu em Vila Viçosa a 18 de Setembro de 1635 e morreu em Lisboa, a 17 de Novembro de 1653;

 D. Catarina, que nasceu em Vila Viçosa, a 25 de Novembro de 1638 e morreu em Lisboa, a 31 de Dezembro de 1705.

 D. Manuel, que nasceu em Vila Viçosa, a 6 de Setembro de 1640 e faleceu no mesmo dia;

 D. Afonso VI, que herdou a coroa;

 D. Pedro II, que sucedeu ao precedente.




O MARQUÊS DE POMBAL



Sebastião José de Carvalho e Melo nasceu em Lisboa, a 13 de Maio de 1699, no seio de uma família nobre, embora os seus pais fossem pobres enviaram-no para estudar na Universidade de Coimbra.

Aos 23 anos casou com uma senhora viúva, dez anos mais velha do que ele.

No reinado de D. João V, foi embaixador de Portugal em Inglaterra e na Áustria, em missões diplomáticas que foram muito importantes para a sua formação política e económica.

Casou pela segunda vez com D. Leonor Daun, enquanto esteve na Áustria.

Quando D. João V morreu e D. José subiu ao trono, em 1750, foi nomeado Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. D. José deu-lhe dois títulos, o primeiro em 1759 como Conde de Oeiras, no seguimento do caso Távora, no qual tentaram matar o Rei e Sebastião José perseguiu os envolvidos. Em 1769 recebeu o título de Marquês de Pombal.

Enquanto Marquês fez muitas reformas no ensino, na economia e na sociedade.

No ensino:

- Criou escolas primárias e secundárias em todo o país, fundando o Real Colégio dos Nobres para formar todos os funcionários do Estado.

- Reformou a Universidade de Coimbra com novos estatutos, cursos e métodos de ensino.

Na economia:

- Contratou técnicos estrangeiros para desenvolver as manufacturas, criando novas e reformulando as antigas.

- Criou companhias comerciais para desenvolver o comércio. Fundou entre outras a Companhia do Comércio da Ásia Portuguesa em 1753, criou a Companhia da Agricultura das Vinhas do Alto Douro em 1756 e em 1773 surgiu a Companhia Geral das Reais Pescarias do Reino do Algarve para controlar a pesca no Sul.

- Em 1751 fundou o Banco Real de Portugal para administrar a cobrança dos impostos.
Na sociedade:

- Limitou os poderes da nobreza e do clero, apoiando a burguesia.

- Foi o responsável pela expulsão dos Jesuítas, fechando alguns colégios e confiscando os bens da Companhia de Jesus.
Depois do terramoto de Lisboa, em 1755, guiou-se por três lemas:

- Cuidar dos vivos e enterrar os mortos.

- Vigiar a cidade para evitar assaltos.

- Iniciar a reconstrução da cidade, a “Lisboa Pombalina”, com a ajuda do engenheiro Manuel da Maia e do arquitecto Eugénio dos Santos, alterando o modo de construção das casas para evitar que as casas caíssem num novo terramoto, construindo uma cidade organizada, com ruas paralelas e perpendiculares e edifícios da mesma altura.

O Marquês de Pombal defendia o Absolutismo, que dava o poder absoluto ao rei, mas cometeu vários abusos de poder, o que lhe valeu a antipatia e alguns inimigos. Em 1777 D. José faleceu, D. Maria subiu ao trono e o Marquês foi afastado da corte. Entretanto e depois de uma queixa feita contra Marquês de Pombal, foi condenado ao desterro, ou seja expulso para fora de Portugal, mas como já era idoso mandaram-no para Pombal, onde viveu até à sua morte, no dia 8 de Maio de 1782.

Os seus restos mortais foram transladados para Lisboa, no ano de 1856, encontrando-se depositados numa urna de mármore, na Igreja da Memória.

Em sua honra construiu-se uma estátua de bronze, inaugurada no dia 13 de Maio de 1934 onde se pode ver a sua figura com uma mão em cimo de um leão, que significa o seu poder, virada para a Baixa Pombalina.



Trabalho realizado por:
Catarina Pestana Faria Nº 7 6º E

O TERRAMOTO DE 1755

No dia 1 de Novembro de 1755 deu-se um sismo conhecido por o Terramoto de 1755 ou Terramoto de Lisboa, que destruiu quase por completo a cidade de Lisboa e atingiu parte do Algarve.


Como se não bastasse este cenário de pânico e destruição, o sismo foi seguido de um tsunami, incêndios, provocando a morte de mais de 10 mil pessoas.


O sismo deu-se no reinado de D. José I que só escapou à catástrofe pois tinha ido passar o dia fora da cidade (Santa Maria de Belém), porém, ficou traumatizado pois ganhou pânico a recintos fechados.


A reconstrução da cidade deve-se em grande parte a Marquês de Pombal, Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra e futuro primeiro-ministro, que ordenou de imediato a organização de equipas de bombeiros para combater os incêndios e recolher os milhares de cadáveres para evitar epidemias.


Conta-se, apesar de não estar documentado que Marquês de Pombal à pergunta "E agora?" respondeu "Enterram-se os mortos e cuidam-se os vivos".


O sismo teve consequências também a nível religioso e político, sendo Portugal um país católico, e a tragédia ter acontecido num dia santo e destruir tantas igrejas, a população levantou muitas questões religiosas por toda a Europa, questionando se o sismo não revelou uma ira divina.


Na política, o terramoto foi também destruidor. O ministro Marquês de Pombal era o favorito de D. José I, gozando de muito poder e influência sobre ele, o que levou ao descontentamento da alta nobreza, que inclusive tentou matar o rei – regicídio.


Hoje em dia ainda se encontram arquivados documentos relativos ao sismo na Torre do Tombo, nomeadamente o inquérito que Marquês de Pombal enviou a todas as paróquias do país para apurar os efeitos da tragédia.


A reconstrução deu origem ao que hoje conhecemos por Baixa Pombalina e é uma das zonas ricas da cidade.



 Trabalho realizado por:

Catarina Reimão, nº8,6ºD