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terça-feira, 29 de outubro de 2013

29 de outubro de 1936 – CAMPO DE MORTE LENTA



Edifícios das celas colectivas do Campo do Tarrafal


A Colónia Penal do Tarrafal, ou Campo de Concentração do Tarrafal, como ficou conhecido, começou a funcionar em 29 de Outubro de 1936, com a chegada dos primeiros prisioneiros. Situada no lugar de Chão Bom do concelho do Tarrafal, na ilha de Santiago (Cabo Verde), foi criada pelo Governo português do Estado Novo ao abrigo do Decreto-Lei n.º 26 539, de 23 de Abril de 1936.

Em 18 de Outubro de 1936 partiram de Lisboa os primeiros 152 detidos, entre os quais se contavam participantes do 18 de Janeiro de 1934 na Marinha Grande (37) e alguns dos marinheiros que tinham participado na Revolta dos Marinheiros ocorrida a bordo de navios de guerra no Tejo em 8 de Setembro daquele ano de 1936.
O Estado Novo, sob a capa da reorganização dos estabelecimentos prisionais, ao criar este campo pretendia atingir dois objectivos ligados entre si: afastar da metrópole presos problemáticos, e, através das deliberadas más condições de encarceramento, enviar um sinal de que a repressão dos contestatários seria levada ao extremo.

Muro exterior do Campo do Tarrafal




28 de Outubro de 1856 - Inaugurada em Portugal a primeira linha de caminho de ferro

Inauguração da linha de ferro Lisboa Carregado
Em 28 de Outubro de 1856 foi inaugurado o primeiro troço de via férrea em Portugal. Com uma distância de 36 km, ligava Lisboa (Cais dos Soldados) ao Carregado.

O novo meio de transporte compunha-se de duas locomotivas (a “Portugal” e a “Coimbra”) e dezasseis carruagens. O trajecto a percorrer era de 36,5 km e demorou cerca de 40 minutos. No dia seguinte, foi aberto ao público com duas viagens de ida e volta por dia: Lisboa – Carregado 8h45 e 16h / Carregado – Lisboa 7h e 14h15.
Na altura, a obra foi apresentada como "grande ícone da regeneração e da política fontista de progresso nacional", mas esteve longe de colher unanimidade dos principais representantes das letras nacionais da época. "Almeida Garrett foi um dos escritores que criticou a introdução do caminho-de-ferro em Portugal, no século XIX. O autor de «Viagens na Minha Terra» considerava que o caminho-de-ferro "não era o tipo de progresso que o país precisava" e receava que o novo meio de transporte agravasse o fosso entre as grandes cidades do litoral e o interior.


Inauguração do caminho de ferro em Portugal em 28 de outubro de 1856 (aguarela de Alfredo Roque Gameiro)
Ver mais em :

domingo, 27 de outubro de 2013

27 de outubro de 1949 - Atribuição do Prémio Nobel a um português


António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz foi um médico, neurologista, investigador, professor, político e escritor português.

Foi galardoado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina no dia 21 de outubro de 1949, de, partilhado com Walter Rudolf Hess.
Egas Moniz foi proposto cinco vezes (1928, 1933, 1937, 1944 e 1949) ao Nobel de Fisiologia ou Medicina, sendo galardoado em 1949. A primeira delas acontece alguns meses depois de ter publicado o primeiro artigo sobre a encefalografia arterial e, subsequentemente, ter feito, no Hospital de Necker, em Paris, uma demonstração da técnica encefalográfica.
Estátua de Egas Moniz, por Euclides Vaz, frente à Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e Hospital de Santa Maria
A técnica desenvolvida por Egas Moniz, a operação ao cérebro denominada lobotomia, após forte controvérsia deixou de ser praticada na década de 1960. Familiares de pacientes que sofreram aquela intervenção cirúrgica exigiram que fosse anulada a atribuição do Prémio Nobel feita a Egas Moniz.

sábado, 26 de outubro de 2013

26 de outubro de 1969 - Dia de eleições legislativas em Portugal


No dia 26 de outubro de 1969, aconteceram em Portugal as eleições legislativas de 1969. Apesar de não-democráticas, elas marcaram um importante ponto de viragem na contestação do Estado Novo e na preparação da queda definitiva do regime. Estas eleições foram as primeiras realizadas após a saída de António de Oliveira Salazar da Presidência do Conselho. Decorreram num clima de aparente abertura política, designado por Primavera Marcelista. Concorreram quatro listas: União Nacional, Comissão Eleitoral de Unidade Democrática, Comissão Democrática Eleitoral e Comissão Eleitoral Monárquica. A União Nacional elegeu a totalidade dos 120 deputados, obtendo 980 mil votos.

As listas oposicionistas obtiveram somente 133 mil, não conseguindo eleger qualquer deputado para a Assembleia Nacional.

Os trabalhos do novo Parlamento iniciaram-se em 25 de novembro de 1969 e terminaram com o fim do mandato em 1973.



terça-feira, 22 de outubro de 2013

22 de outubro de 1536 - Foi fundada a Inquisição em Portugal


D. João III

Em 1536 é publicada em Évora e na presença de D. João III a bula Cum ad nil magis, promulgada pelo Papa Paulo III, que fundava a Inquisição em Portugal. A ideia da criação da Inquisição surgiu em 1183, quando delegados enviados pelo Papa averiguaram a crença dos cátaros de Albi, sul de França, também conhecidos como "albigenses", que acreditavam na existência de um deus do Bem e outro do Mal, Cristo seria o deus do bem enviado para salvar as almas humanas e o deus criador do mundo material seria o deus do mal, após a morte as almas boas iriam para o céu, enquanto as más iriam praticar metempsicose. Isto foi considerado uma heresia e no ano seguinte, no Concílio de Verona, foi criado o Tribunal da Inquisição.



  

Dois sacerdotes demonstrando uma aplicação de tortura sob a supervisão da Inquisição



A utilização de fogueiras como maneira de o braço secular aplicar a pena de morte aos condenados que lhes eram entregues pela Inquisição é o método mais famoso de aplicação da pena capital, embora existissem outros. Seu significado era basicamente religioso - dada a religiosidade que estava impregnada na população daquela época, inclusive entre os monarcas e senhores feudais -, uma vez que o fogo simbolizava a purificação, configurando a ideia de desobediência a Deus (pecado) e ilustrando a imagem do Inferno.

 Ler mais em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Inquisi%C3%A7%C3%A3o_portuguesa

sábado, 19 de outubro de 2013

19 de outubro de 1921 - A noite sangrenta

A primeira república portuguesa conheceu um dos seus episódios mais negros: a Noite Sangrenta. Os crimes da "noite sangrenta" de 19 de Outubro de 1921 abrem uma devastadora crise moral na República e marcam o início da cadeia de conspirações militares que culminam no 28 de Maio.

Terceiro batalhão da GNR em Alcântara, na manhã de 19 de Outubro *
 * Ilustração Portuguesa, n.º 819, 29 de Outubro de 1921

 Na noite de 19 para 20 de Outubro de 1921 foram assassinados em Lisboa António Granjo, primeiro-ministro demissionário, o almirante Machado Santos, o "herói da Rotunda" no 5 de Outubro, o comandante Carlos da Maia, que liderou a revolta da Marinha no mesmo 5 de Outubro, o comandante Freitas da Silva, chefe de gabinete do ministro da Marinha, o coronel Botelho de Vasconcelos, antigo ministro de Sidónio, e o motorista Jorge Gentil. Foram chacinados por marinheiros, guardas republicanos e civis armados, na sequência de um golpe chefiado pelo coronel Manuel Maria Coelho, o "heróico tenente Coelho" do 31 de Janeiro de 1891 no Porto. O episódio ficou na memória como "a noite sangrenta". No enterro de Granjo, discursou Cunha Leal, que o acompanhou até à morte: "O sangue correu pela inconsciência da turba - a fera que todos nós, e eu, açulámos, que anda à solta, matando porque é preciso matar." Acrescentou Jaime Cortesão: "Sim, diga-se a verdade toda. Os crimes que se praticaram não eram possíveis sem a dissolução moral a que chegou a sociedade portuguesa.

" Ler mais: http://republica-sba.webnode.com.pt/products/depois-veio-a-noite-infame/

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

CONHECE ESTE PALÁCIO?

Fica em Lisboa...

Em 16 de Fevereiro a Illustração Portugueza publicou esta fotografia do Palácio Foz depois do incêndio de 29 de Janeiro de 1929.


Este é o palácio na atualidade.

Aqui ficam alguns recantos do interior do Palácio Foz, situado na Praça dos Restauradores.
É possivel marcar visistas guiadas e tem uma oferta de concerto gratuitos ou com preços simbólicos.
A sua construção iniciou-se em 1777 e vários proprietários e diversas remodelações deram-lhe uma mistura de estilos no seu interior, desde o rococó ao neo-gótico e neo-manuelino. Uma das muitas curiosidades é a “abadia,” um antigo espaço usado como restaurante praticamente exclusivo da elite maçónica onde se realizavam reuniões secretas. Grande parte da decoração revela símbolos esotéricos e figuras mitológicas que mais recentemente serviram de pano de fundo para cenas do filme “Mistérios de Lisboa”.