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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

27 de dezembro de 1703 - Tratado de Methuen


Barcos-rabelos

O Tratado de Methuen, também referido como Tratado dos Panos e Vinhos, foi assinado entre a Inglaterra e Portugal, em 27 de Dezembro de 1703. Foram seus negociadores o embaixador extraordinário britânico John Methuen, por parte da Rainha Ana da Inglaterra, e D. Manuel Teles da Silva, Marquês de Alegrete. Pelos seus termos, os portugueses se comprometiam-se a consumir os têxteis britânicos e, em contrapartida, os britânicos, os vinhos de Portugal.
Com três artigos, é o texto mais reduzido da história diplomática europeia:
"I. Sua Majestade ElRey de Portugal promete tanto em Seu proprio Nome, como no de Seus Sucessores, de admitir para sempre daqui em diante no Reyno de Portugal os Panos de lãa, e mais fábricas de lanificio de Inglaterra, como era costume até o tempo que forão proibidos pelas Leys, não obstante qualquer condição em contrário.
II. He estipulado que Sua Sagrada e Real Magestade Britanica, em seu proprio Nome e no de Seus Sucessores será obrigada para sempre daqui em diante, de admitir na Grã Bretanha os Vinhos do produto de Portugal, de sorte que em tempo algum (haja Paz ou Guerra entre os Reynos de Inglaterra e de França), não se poderá exigir de Direitos de Alfândega nestes Vinhos, ou debaixo de qualquer outro título, directa ou indirectamente, ou sejam transportados para Inglaterra em Pipas, Toneis ou qualquer outra vasilha que seja mais o que se costuma pedir para igual quantidade, ou de medida de Vinho de França, diminuindo ou abatendo uma terça parte do Direito do costume. Porem, se em qualquer tempo esta dedução, ou abatimento de direitos, que será feito, como acima he declarado, for por algum modo infringido e prejudicado, Sua Sagrada Magestade Portugueza poderá, justa e legitimamente, proibir os Panos de lã e todas as demais fabricas de lanificios de Inglaterra.
 III. Os Exmos. Senhores Plenipotenciários prometem, e tomão sobre si, que seus Amos acima mencionados ratificarão este Tratado, e que dentro do termo de dois meses se passarão as Ratificações."

 Ao longo do tempo, a vigência desse acordo levou grande parte dos produtores agrícolas de Portugal a utilizarem as suas terras cultiváveis para a produção de vinho. No entanto, essa mesma prática impedia que a economia portuguesa se voltasse para o desenvolvimento de outras atividades que pudessem dinamizar a sua economia. A demanda portuguesa por tecidos era bem maior do que a riqueza produzida pela venda do vinho à Inglaterra e, desse modo, os portugueses acumularam grandes dívidas geradas pela necessidade crescente de se consumir os produtos ingleses manufaturados.
 Na segunda metade do século XVIII, o marquês de Pombal, principal ministro do rei D. José I, tomou medidas cujo objetivo seria de reverter essa situação. Contudo, o desinteresse da aristocracia portuguesa impedia que um projeto de modernização econômica se estabelecesse naquelas terras.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Sepultura de mulher com 8000 anos descoberta em Alcácer do Sal


Esqueleto estava num monte de conchas perto do rio Sado, deixadas lá pelos últimos caçadores-recolectores em território português. Não muito longe, tinha-se já encontrado um cão com 7600 anos.
Colocaram-na cuidadosamente de costas, com os braços sobre a barriga e as pernas bastante fletidas, e assim ficou em repouso durante cerca de 8000 anos. Anunciada esta quinta-feira, a descoberta é da equipa de Mariana Diniz, da Universidade de Lisboa, e Pablo Arias, da Universidade da Cantábria (Espanha), coordenadores do projeto Sado-Meso, que se centra nos concheiros do estuário do Sado.
 O concheiro de Poças de São Bento é um desses amontoados de conchas deixados pelos últimos caçadores-recolectores, no Mesolítico, quando as sociedades agro-pastoris estavam já a emergir no território agora português. E as conchas eram restos da alimentação que os caçadores-recolectores retiravam do Sado, como berbigão, amêijoas, douradas e robalos.
 Este mesmo concheiro já tinha dado uma prenda aos investigadores do projeto Sado-Meso em 2011: encontraram o esqueleto de um cão, o Piloto, que datações por radiocarbono, realizadas na Universidade de Oxford, Reino Unido, confirmaram que tinha 7600 anos.
 Claramente documentada numa escavação, é a sepultura de um cão mais antiga do Sul da Europa. Este cão mesolítico, sublinhou na altura a equipa, é importante para compreender o universo mental destes grupos de caçadores-recolectores. Mulher e cão partilharam assim o mesmo concheiro na hora da morte. “Mas não podemos dizer que é ela era a dona do cão”, diz a arqueóloga, trazendo-nos de volta à realidade mais objetiva da ciência. “Estão no mesmo concheiro, mas aparentemente, pelos dados que temos agora, a zona da necrópole humana e o cão estão separados 10 a 15 metros. Temos a necrópole humana mais a nascente e o cão está no limite poente do concheiro.” Embora ainda sem datações, o esqueleto da mulher parece ser um pouco mais antigo que o do cão, uma vez que ela encontra nas areias de base do concheiro. “Em pré-história, um pouco mais antigo pode ser 300 ou 400 anos...”

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

6 de dezembro de 1383 e de 1925

Foi preso um dos grandes burlões da história portuguesa: Artur Alves dos Reis. D. João, Mestre de Avis, matou o conde de Andeiro.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

5 de Dezembro de 1496: D. Manuel I assina o decreto da expulsão dos Judeus de Portugal




Rei D. Manuel I
Para satisfazer uma exigência feita pelos Reis Católicos de Espanha, Fernando e Isabel, como condição para a realização do casamento de D. Manuel I com a Infanta D. Isabel, filha daqueles reis, o rei de Portugal promulgou em 5 de Dezembro de 1496 o édito de expulsão de judeus e de mouros do território português, tal como os reis espanhóis haviam feito em 1492. O rei D. Manuel I tentou fazer com que a princesa reconsiderasse mas foi tudo em vão. Em 5 de Dezembro de 1496, D. Manuel assinou o decreto de expulsão dos hereges (judeus e mouros), concedendo-lhes o prazo até 31 de Outubro de 1497 para que deixassem o país. Aos judeus, o rei permitiu que optassem pela conversão ou desterro, esperando assim que muitos se batizassem, ainda que apenas pro forma. No que tocava aos judeus, o rei estava plenamente ciente da importância que aquela comunidade representava, nomeadamente na vertente económica. Assim, para os judeus que quisessem receber as águas do Batismo havia liberdade de permanecer. Os que não o fizessem, ficariam sujeitos à pena de morte e ao confisco dos bens. Mais tarde, medidas que dificultavam a saída dos judeus foram implementadas. Mas Espanha pressionava, e a própria infanta D. Isabel manifestou abertamente ao rei a sua posição, ao declarar: "só entrarei em Portugal, quando estiver limpo de infiéis".

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

À DESCOBERTA DA ARTE

Os alunos das turmas do 6º ano, da Escola Básica vale de Milhaços, realizaram a 1ª atividade que se encontra aberta à comunidade, entre os dias 2 e 13 de dezembro. O tema escolhido foi a arte e os trabalhos expostos abordaram a Arte Barroca, no reinado de D. João V e o Urbanismo Pombalino. A criatividade presente nos trabalhos revela o grande envolvimento dos alunos e das famílias que acompanham, de forma muito próxima, a vida escolar dos seus educandos. Parabéns a todos os que se envolveram no projeto e deram o seu melhor para a concretização da atividade. Os docentes do 6º ano.
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